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quarta-feira, 14 de abril de 2010

VACINA CONTRA ROTAVÍRUS EM DEBATE.


Agência reguladora dos EUA recomenda suspensão

 da vacina contra rotavírus

Organização Mundial da Saúde a Agência Médica Europeia refutam esse posicionamento e dizem que a vacina não oferece
 risco para a saúde. Veja o que você deve fazer

Bruna Menegueço e Thais Lazzeri

 Shutterstock


















O FDA, agência reguladora dos EUA, publicou um parecer pedindo aos pediatras que suspendessem a vacinação contra o rotavíru
s (que causa a diarreia). A fundação afirma que cientistas encontraram partículas genéticas de um vírus suíno (do porco),
 conhecido como PCV1. Segundo a agência, esse vírus poderia ser nocivo às crianças.

A vacina em questão é a Rotarix, fabricada pelo laboratório GlaxoSmithKline. Essa é também a vacina distribuída gratuitamente
 no Brasil nas campanhas de vacinação desde 2006, quando entrou para o calendário oficial do governo.

A Organização Mundial da Saúde e a Agência Médica Europeia dizem que a suspensão não se justifica, que não é um risco para
 a saúde pública e que os pais devem continuar vacinando as crianças normalmente. 

Esse vírus suíno é encontrado em carnes com frequência, e o consumo dessas nunca mostrou-se perigoso. Segundo Marco Aurélio Safadi
, pediatra, do departamento científico de infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, a vacina em questão foi testada exaustivamente
 – ela recebeu aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – e não apresenta nenhum risco à saúde. “Deve-se continuar
vacinando as crianças. O risco de não vacinar é muito maior”, afirma.
A assessoria de imprensa da Anvisa informou à CRESCER que uma equipe dela está reunida com integrantes do Ministério da Saúde e do
 programa de imunizações. Uma das informações que a assessoria divulgou é que a presença do vírus é inerente ao processo de fabricação da
vacina. "Parece que ele já existia mas só agora foi descoberto e, ao que parece, não apresenta risco."  Até o final desta tarde, eles devem
emitir um pronunciamento oficial.   
Em comunidado oficial, a Glaxo diz que a vacina é segura, que o vírus não oferece riscos e que está trabalhando com a Anvisa e o Ministério
para esclarecer as dúvidas. Nos EUA, a empresa aguarda a resposta do FDA. Eles devem fazer novas recomendações dentro de
 até seis semanas.