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quarta-feira, 14 de abril de 2010

A MULHER DA PÁGINA 194


  1. RECEBI UM EMAIL DE UMA AMIGA MUITO QUERIDA...

ACHEI TÃO INTERESSANTE QUE RESOLVI POSTAR
PARA QUE TODOS LEIAM....
ESPERO QUE GOSTEM.
SIMONE
A Mulher da Página 194
Texto: Martha Medeiros



Ela é loira e linda. Tem 20 anos. 
Modelo profissional. 
Saiu na última edição da
 revista 
americana
 Glamour ilustrando uma 
reportagem
 sobre autoimagem,
 e foi o que bastou para 
causar um rebuliço nos
 Estados 
Unidos.
 A revista recebeu milhares de cartas
 e
 e-mails. Razão: a barriga saliente da
 moça. Teor das mensagens: alívio.
 Uma mulher com um corpo real.

Não sei se Lizzie Miller, que ficou
 conhecida como a mulher da página 194,
 já teve filhos, mas é pouco provável,
 devido à idade que tem.

No entanto, quem já teve filhos conhece bem aquela

 dobrinha que se forma ao
 sentar. E mesmo quem não teve conhece também,
 bastando para isso pesar
 um pouco mais do que 48 quilos,
 que é o que a maioria das tops pesa.
 Lizzie não é um varapau — atua no mercado das
 modelos “plus size”,
 ou seja, de tamanhos grandes. Veste manequim 42,
 um insulto ao mundo das anoréxicas.

A foto me despertou sentimentos contraditórios.

 Por mais que 
estejamos saturados dessa falsa imagem de 
perfeição feminina
 que as revistas promovem, há que se admitir:
 barriga é um troço
 deselegante. 
É falso dizer que protuberâncias podem ser
 charmosas.
 Não são.

Só que toda mulher possui a sua e isso não é crime, 

caso contrário, 
seríamos todas colegas de penitenciária. 
Sem photoshop, na beira
 da praia, quase ninguém tem corpaço, a não ser que
 estejamos nos 
referindo a volume. Se estivermos falando de silhueta
 de 
ninfa, perceba:
 são três ou quatro entre centenas.
 E, nesse aspecto, a foto de Lizzie Miller
 serve como uma espécie de alforria. Principalmente 
porque
 ela não causa 
repulsa, ao contrário, ela desperta uma forte atração que
 não vem do seu
 abdômen, e sim do seu semblante extremamente 
saudável. 
É saúde o que essa moça vende, e não ilusão.

Um generoso sorriso, dentes bem cuidados, 

cabelos limpos, segurança, 
satisfação consigo próprio, inteligência e bom
 humor: é isso que torna um 
homem ou uma mulher bonitos. 
Aquelas meninas magérrimas que ilustram
 editoriais de moda, quase sempre com cara de quem
 comeu e não gostou 
(ou de quem não comeu, mas gostaria), são apenas isso:
 magérrimas. 
Não parecem pessoas felizes. Lizzie Miller dá a 
impressão de ser uma mulher
 radiante, e se isso não é sedutor, então rasgo o diploma
 de Psicologia que
 não tenho. Ela merecia estar na primeira página, mas,
 mesmo tendo sido
 publicada na 194, roubou a cena.

Que reação a foto causou em você? Repúdio ou alívio?